De quem falou demais - Hospital de Faro
Uma médica interna do hospital de Faro disparou um conjunto de queixas contra dois “cirurgiões conceituados”, os quais, em apenas três meses, serão ‘alegadamente’ responsáveis por onze (!!) casos de erro ou negligência no serviço de Cirurgia, com consequências gravíssimas, nomeadamente a morte de três pessoas, uma castração acidental ou perda de rins.
O bastonário da Ordem dos Médicos já suscitou uma análise técnico-científica com médicos independentes por considerar que “há indícios de alguma gravidade”, estando já várias entidades – a ERS, a IGAS e o próprio Ministério Público -, a bem da confiança e segurança de todos nós utentes, a investigar as denúncias.
Entretanto, nenhum dos demais cirurgiões do hospital quis continuar a tutelar a jovem médica, que por ainda estar a tirar a especialidade ficou assim impedida de exercer medicina sem a orientação de um médico especialista.
Não sabemos se há outras motivações por trás das denúncias, uns dirão que não recorreu aos canais próprios para o efeito, outros que quebrou o código deontológico que rege a classe, ou então a médica pode simplesmente ser (alegadamente) lunática, ah pois pode, mas se a Administração do Hospital disso suspeitar que abra um processo disciplinar, mas quando todos os especialistas recusam tutelar a médica, das duas uma, ou parece que têm medo que as suas práticas clínicas sejam escrutinadas, ou parece uma vingançazinha corporativa, ousaste denunciar publicamente um de nós, agora paga as favas.
Averigue-se.