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BURRO VELHO

BURRO VELHO

27
Dez24

Das minhas séries preferidas de 2024

BURRO VELHO

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O meu Top 10 de séries de 2024:

1 - Ripley

2 - A Amiga Genial (T3 e T4)

3 - The Bear (T3)

4 - Baby Reindeer

5 - Industry (T3)

6 - Black Doves

7 - Disclaimer

8 - Families Like Ours

9 - Eric

10 - True Detective - Night Country

 

(menções honrosas: The Crown; Becoming Karl Lagerfeld; Hacks; Love & Death; Feud: Capote vs The Swans)

19
Dez24

Do atrevimento da Presidente da Junta (dos Olivais)

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A Junta de Freguesia dos Olivais, em Lisboa, tem 260 funcionários (260!) e é presidida por Rute Lima, eleita pelas listas do PS.

Sabe-se agora que a senhora presidente – ela é que é a presidente da Junta – concedeu sete dias de tolerância aos funcionários da Junta no período natalício, durante duas semanas têm apenas de trabalhar um dia, isto porque os funcionários são trabalhadores muito dedicados e merecem essa homenagem.

Ficámos a saber mais duas coisas, que esta prática estende-se a outras alturas do ano, como na Páscoa, e que os serviços essenciais não vão ser comprometidos, haverá piquetes para assegurar que nada falha.

Nem comento a cara de pau da senhora presidente da Junta, é fácil fazer bonito com o dinheiro de todos, mas a pergunta que se impõe é porque é que a Junta dos Olivais tem 260 funcionários se mesmo com quase todos de férias os serviços essenciais são assegurados na mesma?

Tá bonito tá.

 

18
Dez24

Das séries que eu vejo - Mary & George

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Na Inglaterra do século XVI, Mary Villiers é uma mulher ambiciosa e pobre que não antevê grande futuro para o seu filho do meio, George, que nada tem para herdar, e conhecendo Mary as fofocas sobre as relações extraconjugais do rei Jaime I com jovens rapazes, traça um plano para que o seu promissor filho se torne amante do rei – Mary & George é uma série de época, audaciosa, despudorada e picante, que conta a história de forma leve e em tom de ligeira comédia.

Não é uma série extraordinária, mas é puro entretenimento de elevada qualidade e com o génio de Julianne Moore, whatelse?

 

17
Dez24

Do CCB, de Dalila Rodrigues e dos espetáculos que adoro - Há Qualquer Coisa Prestes a Acontecer, de Victor Hugo Pontes

BURRO VELHO

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Que beleza inaudita. Vou repetir, que beleza inaudita.

O CCB encomendou ao coreógrafo Victor Hugo Pontes uma obra sobre os 50 anos da liberdade conquistada em Abril, neste tempo pleno de ameaças, e Victor Hugo Pontes decidiu enveredar pela liberdade do nosso corpo, pondo em palco 19 bailarinos a explorar a liberdade do que nos é mais inviolável, o nosso corpo, 19 bailarinos sempre despidos numa peça coral em que o coletivo é sempre mais forte, mas sempre com espaço para a nossa singularidade e privacidade, às vezes todos juntos somos fortes e avançamos, às vezes sozinhos somos vulneráveis e delicados.

Ver dança é ver corpos em movimento a transmitirem-nos emoções, encontro o prazer dessas emoções quer no virtuosismo do ballet clássico quer na dança moderna, mas depois da experiência quase traumática de Alice no País das Maravilhas no dia anterior, foi a redenção absoluta ver logo a seguir este Há Qualquer Coisa Prestes a Acontecer, o ultimo espetáculo que vi em 2024 foi provavelmente o melhor, aquele conjunto de 19 bailarinos formidáveis foram emoção a jorro, quer a dançar em silêncio, com uma batida mais eletrónica, a ouvir Bach ou Debussy ou a catarse final com o Freddie Mercury, foi emoção pura na forma da liberdade dos nossos corpos, sozinhos ou em grupo, como deverá ser sempre.

Bravo, bravíssimo. Muito obrigado ao Victor Hugo Pontes e ao CCB, aquele que tem uma visão artística desalinhada com a Senhora Ministra, hélas!

 

16
Dez24

Dos espetáculos que vejo - Alice no País das Maravilhas, pela CNB

BURRO VELHO

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Ir ao São Carlos ver o espetáculo de Natal da Companhia Nacional de Bailado é uma tradição caseira absolutamente preciosa, a modos que o espírito natalício se sintoniza mal vemos a Orquestra no fosso a afinar os instrumentos, tendo acontecido este ano na renovada casa da CNB, outro lugar de privilégio, o Teatro Camões em frente ao Tejo. Por aqui estamos felizes.

E se a ideia fosse ir ver um conto infantil para nos imbuirmos na magia natalícia, mais felizes ficaríamos, Alice no País das Maravilhas, encomenda de 2021 da CNB ao coreógrafo cubano Howard Quintero, inspirada no clássico infantil de Lewis Carroll, é um prodígio encantado de fantasia e metáforas, a atmosfera que nos invade é submersiva de tão sublime que é, graças ao trabalho de René Salazar, os figurinos são imaculados e os cenários incrivelmente bonitos e bem conseguidos, o contraste do tamanho de Alice antes e depois de beber a poção mágica é notável.

Mas a ideia era também ir ver dança, e aí, peço desculpa, mas não gostei mesmo nada, a coreografia em si mesma achei apatetada, digna de uma simples apresentação de uma Academia de Dança do primeiro ciclo, digo eu que de dança não percebo nada, a protagonista da sessão que eu vi (Tatiana Grenkova), achei trapalhona e desprovida de qualquer graciosidade, ai as mãos, ai as mãos, o corpo de baile imberbe, aquelas caras sempre em esforço a contar mentalmente o que vão ter de fazer a seguir, sobretudo as bailarinas, achei tudo muito sofrível – bati palmas à rainha Inês Ferrer e ao valete de copas Miguel Ramalho, bailarinos que admiro imenso, de resto, fiquei sentadinho sem aplaudir, não gostei, dos piores espetáculos que já vi pela CNB.

Até 29 de dezembro no Teatro Camões, em Lisboa.

 

13
Dez24

Das séries de que gosto - Industry

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Não vi as duas primeiras temporadas, saltei diretamente para a terceira, mas Industry é claramente uma das melhores séries do ano, tão só isto.

A alta-roda das finanças e da banca de investimento da city de Londres é uma arena, reservada a quem nasceu num berço de ouro ou a quem tudo faz para lá chegar, Industry não andará muito longe da verdade com a ideia que só lá sobrevive quem tem uma ambição desmedida e é falho de carácter que não hesita em tudo sacrificar para ganhar muito dinheiro, o limite nunca é suficiente, um bando de cabeças inteligentes e maradas cheias de traumas e passados mal resolvidos, quase sempre com pouca ou nenhuma atenção dos paizinhos na tenra infância, sempre turbinados a cocaína e com muito sexo, promíscuo, dirão alguns.

As personagens secundárias de Succession aqui são as principais, e as principais as secundárias, sendo o ritmo de Industry alucinante, tal como o ritmo daqueles que trabalham na sala de trading do Pierpoint (um banco fictício à moda de um Goldman Sachs), tudo é um frenesim e falado num financês que muitos não acompanharão com facilidade, mas não tem mal nenhum, não precisam de perceber o que é um IPO, uma venda a descoberto ou ter uma opinião sobre o hype das ESG, é suficiente olhar para a cara das personagens.

Brutal. Na HBO.

 

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