Da atualidade - Jornada Mundial da Juventude
É quase senso comum gostarmos do Papa Francisco, mais ou menos conhecedores da sua obra e do seu legado - eu cá pouco sei, nunca li nada sobre as suas encíclicas Fratelli Tutti ou Laudato Si-, todos temos simpatia pela sua persona pública e pelas grandes mensagens que vai passando.
Mas também desconfiamos que Francisco tenha força para imprimir mudanças sérias numa Igreja fechada, ultraconservadora e pouco humanista.
Foi publicada uma sondagem no passado mês de maio, que revela que 9 em cada 10 dos 30.000 franceses que vão participar nas Jornadas Mundiais da Juventude, oriundos de famílias abastadas e politicamente conservadores (a maioria de direita, apenas 8% se consideram de esquerda), não sentem necessidade de mudanças na Igreja, 9 em cada 10 destes 30.000 jovens acham que a Igreja está bem assim (por exemplo 2/3 são contra a ordenação das mulheres e a maioria prefere a missa tridentina – googlem pf).
As jornadas vão ser uma festa, vamos ter centenas de milhares de pessoas em delírio e êxtase (assim o esperamos e desejamos), mas quantos daqueles que seriam fundamentais para mudar a igreja vão estar mesmo interessado em ouvir e comungar das ideias de Francisco.