Da atualidade política - Pedro Nuno Santos e a moção de confiança

Pedro Nuno Santos devia mandar a coerência às malvas e fazer um favor ao país, estou convencido de que até mesmo a si próprio, não votando contra a moção de confiança e assim permitir que o Governo continue em funções.
É um facto que a queda do Governo vai paralisar o país até ao final do Verão, mas sendo eu a favor de que as legislaturas se cumpram até ao fim, também não acompanho quem demoniza as eleições, se as circunstâncias o justificarem, pois que seja.
Também não alinho no discurso contra as CPI, a sua banalização, a judicialização da política, o enxovalho da vida pessoal, não se investigam empresas privadas, isto e mais umas botas, era o que faltava, se há dúvidas no escrutínio e na transparência em matérias tão importantes, que se avance sem demoras, e há matéria mais importante que a crença absoluta na idoneidade de quem nos governa?
O pior se o país for já para eleições não é o país ficar paralisado, é a por muitos desejada normalização pelos votos do que possa ser incómodo, se o país elegeu é porque está tudo bem, dirão, e continuarmos assim a ter um primeiro-ministro com a sua credibilidade ferida de morte, se assim for nunca será levado a sério até ao dia em que deixe de ser um ativo e os seus pares o deixem cair.
Os bastidores da política por vezes são ínvios, e a prudência de quem se cala por vezes não é em favor dos interesses do país, por isso Pedro Nuno, deixa lá o Governo continuar mas venha lá essa CPI de que Montenegro foge como o diabo da cruz.
