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BURRO VELHO

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02
Jul25

Das séries que adoramos - Dying for Sex

BURRO VELHO

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Molly, nunca conseguiu ter um orgasmo com outra pessoa, e ao descobrir que tem um cancro terminal resolve deixar o marido ao fim de 15 anos de casamento, para ainda ter tempo para sentir esse orgasmo.

Este é o mote para Dying for Sex, uma minissérie, inspirada numa história real, sobre sexo, doença, morte e amizade, são oito episódios curtinhos onde tudo acontece depressa, porque tal como na série, na vida também não há tempo a perder.

Falar de sexo de forma elegante e despudorada não é fácil quando a personagem é um homem, mais difícil (e raro) ainda se a personagem for uma Molly, mulher, e Dying for Sex fá-lo de forma desempoeirada e divertida, podendo até ser pedagógica, com novos desejos, novas fantasias, novas posições, nova atitude para além daquela mais convencional de que muita gente não conhece outra.

Admito que, ali por volta do terceiro episódio, o desenrolar de novas aventuras estava-se a tornar algo repetitivo, até maçador, mas em Dying for Sex não há tempo a perder, e para além do orgasmo desejado, há uma morte que se aproxima e uma amizade redentora, há um corpo a fraquejar e há um jogo de equilíbrios em que quando uma parte fraqueja, a outra reinventa-se e assume as rédeas, em Dying for Sex não é só a sexualidade que se expande, a amizade redentora de duas almas gémeas também se expande com uma intensidade poucas vezes vista, a forma como a amiga cuidadora chora e ri sempre de mão dada com Molly, a certeza de que a generosidade de Nicky na doença da amiga ser-lhe-à devolvida na forma de felicidade quando Molly partir, sim, o sexo é importante e quando o desejo anda em altas é dar-lhe asas, mas nada supera o que une duas almas gémeas.

Todo o elenco é notável, o médico, o ex-marido, o vizinho, a assistente social, a mãe Sissy Spacek, a amiga Jenny Slate (que eu desconhecia) absolutamente vibrante, mas Michelle Williams é um milagre, se ainda não sabem que é uma das melhores atrizes vejam-na por favor.

Dying for Sex aborda temas pesados, cancro e morte, provocando muito mais sorrisos do que lágrimas, mas a doçura de Dying for Sex inspira e comove, uma maravilha.

Na Disney+.

 

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