Dos símbolos nacionais, da Arábia Saudita - Cristiano Ronaldo
À sua quase unanimidade dentro dos campos, até há alguns anos atrás, sempre correspondeu, sobretudo além fronteiras, um controverso Cristiano fora dos relvados, e perante todos aqueles, meus familiares, amigos ou colegas, sobretudo alemães e espanhóis, que se empenhavam em me convencer que o Messi ou o Ibrahimovic é que eram as grandes referências mundiais, pela atitude humilde ou pela atitude ousada e divertida, em detrimento da arrogância e novo-riquismo de CR7, sempre argumentei convictamente que Ronaldo era orgulhosamente um símbolo nacional por valores como, por exemplo, a sua entrega ao trabalho, obstinação em vencer ou dedicação à família.
Dito isto, sendo inequívoco que tem todo o direito e legitimidade para as opções que tem vindo a tomar, também é legítima a minha opinião de que Cristiano tem vindo a gerir muito mal o seu final de carreira, prejudicando irremediavelmente a imagem pública que sempre soube conquistar, e merecer, não deixando eu de sentir algum embaraço, vergonha alheia até, por ver o (outrora) inegável símbolo lusitano da atualidade convertido num Tio Patinhas que só quer contar tostões, ou milhões, e pior, muito pior, em não ter qualquer pejo em se vender para propagandear a grande Arábia Saudita, como todos sabemos uma referência no respeito pelas liberdades e direitos humanos.
Não havia necessidade Cristiano, uma lástima.