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BURRO VELHO

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21
Jun25

Dos espetáculos que adoro - Walking Mad / Cacti, pela Companhia Nacional de Bailado

BURRO VELHO

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Enquanto apreciador e consumidor de arte gosto das várias formas de arte, dentro das artes performativas, aquelas em que o artista expressa a sua arte perante um público, uma audiência, é indescritível poder assistir a uma peça de teatro ou a um concerto, seja ele de música moderna, clássica, jazz, fado, ópera, não importa o estilo (dispenso a maioria da eletrónica e fujo do rock pesado).

Mas se me aparecesse uma lâmpada mágica e dissesse que até ao final dos meus dias eu só poderia ver ao vivo um destes tipos de arte, neste exercício absurdo de retórica, eu escolheria, sem hesitação, a dança, e se a lâmpada me obrigasse ainda a escolher entre a dança clássica ou a moderna, a moderna, pois então, é aonde consigo sentir uma conexão mais forte entre o artista em palco e aquilo que eu estou a sentir, não é preciso compreender absolutamente nada, só sentir.

A Companhia Nacional de Bailado tem atualmente em cena, até 29 de junho, dois espetáculos de dois coreógrafos suecos, Walking Mad, de Johan Inger, e o mais sonoro Cacti, de Alexander Ekman.

Cacti, ao som de Haydn, Beethoven e Schubert, é provocador, exuberante, divertido, é arrojo visual, e ao lado dos bailarinos temos o Quarteto de Cordas de Matosinhos, que momento lindo.

 Mas se gostei muito de Cacti, fiquei siderado com Walking Mad, ao ritmo do Boléro de Ravel, e também de Arvo Part, temos sensualidade, perigo, tensão, fisicalidade, graciosidade, sombras, linhas, movimento, sedução, proteção, coletivo, tudo com grande arrebatamento emocional.

Lamento que os nomes dos nossos bailarinos sejam tão desconhecidos do público, conhecemos o Marcelino Sambé e o António Casalinho e mais nenhum - não percebo patavina de dança, ou da técnica de dança, não tenho competências para um juízo sabedor, mas deixo-lhes aqui a minha homenagem com os nomes de dois bailarinos que me deixam sempre flabbergasted, Miguel Machado e Inês Ferrer, o meu olhar nunca os perde de vista, nem por um segundo.

Bravo! Bravíssimo!

 

16
Mar23

Dos espetáculos de que gosto - Keersmaeker, Lopez & Ekman

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CNB

 

Dança contemporânea com três coreógrafos diferentes pela CNB e com o quarteto de cordas de Matosinhos em palco: gostei de Grosse Fuge, reposição da belga Anne Teresa Keersmaeker, não gostei nada de Avant qu’il n’y ait le silence do luso Fabian Lopez (gostava de ver dançado por outros bailarinos, achei estes muito sofríveis, os rapazes sem qualquer intensidade nem noção de sincronismo sofriam por antecipação só de pensar que iam ter de elevar as moças de tão tenrinhos que eram ) e adorei Cacti do sueco enfant terrible Alexander Ekman, nunca antes dançado por cá, as palmas que não bati nos primeiros entreguei-as todas no último, bravo!

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