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BURRO VELHO

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24
Fev25

Dos espetáculos de que gosto - Forsythe/McNicol/Balanchine

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O ballet neoclássico afasta-se do ballet clássico porque não pretende contar uma narrativa mas sim focar-se na dança, no movimento, nas linhas, no virtuosismo e expressividade do bailarino, mas assente na técnica clássica, muitas vezes em pontas, e por isso dançado por bailarinos com formação clássica.

A Companhia Nacional de Bailado apresenta-nos agora três peça, estreadas entre 1992 e 2024, dos coreógrafos William Forsythe (Workwithinwork), Andrew McNicol (Upstream, uma encomenda para a CNB) e George Balanchine (Stravinsky Violin Concert), esta última acompanhada pela Orquestra Sinfónica Portuguesa.

Não gostei muito da primeira, adorei a segunda e gostei da terceira, sempre um deleite ver dança.

 

16
Dez24

Dos espetáculos que vejo - Alice no País das Maravilhas, pela CNB

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Ir ao São Carlos ver o espetáculo de Natal da Companhia Nacional de Bailado é uma tradição caseira absolutamente preciosa, a modos que o espírito natalício se sintoniza mal vemos a Orquestra no fosso a afinar os instrumentos, tendo acontecido este ano na renovada casa da CNB, outro lugar de privilégio, o Teatro Camões em frente ao Tejo. Por aqui estamos felizes.

E se a ideia fosse ir ver um conto infantil para nos imbuirmos na magia natalícia, mais felizes ficaríamos, Alice no País das Maravilhas, encomenda de 2021 da CNB ao coreógrafo cubano Howard Quintero, inspirada no clássico infantil de Lewis Carroll, é um prodígio encantado de fantasia e metáforas, a atmosfera que nos invade é submersiva de tão sublime que é, graças ao trabalho de René Salazar, os figurinos são imaculados e os cenários incrivelmente bonitos e bem conseguidos, o contraste do tamanho de Alice antes e depois de beber a poção mágica é notável.

Mas a ideia era também ir ver dança, e aí, peço desculpa, mas não gostei mesmo nada, a coreografia em si mesma achei apatetada, digna de uma simples apresentação de uma Academia de Dança do primeiro ciclo, digo eu que de dança não percebo nada, a protagonista da sessão que eu vi (Tatiana Grenkova), achei trapalhona e desprovida de qualquer graciosidade, ai as mãos, ai as mãos, o corpo de baile imberbe, aquelas caras sempre em esforço a contar mentalmente o que vão ter de fazer a seguir, sobretudo as bailarinas, achei tudo muito sofrível – bati palmas à rainha Inês Ferrer e ao valete de copas Miguel Ramalho, bailarinos que admiro imenso, de resto, fiquei sentadinho sem aplaudir, não gostei, dos piores espetáculos que já vi pela CNB.

Até 29 de dezembro no Teatro Camões, em Lisboa.

 

28
Out24

Dos espetáculos de que gosto - Supernova / The Look

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Um bailado por dia, não sabe o bem que lhe fazia.

Ok, há um exagero nesta frase só para preservar a rima, mas vermos corpos a dançar, levados pela coreografia, pela música, pelas luzes, não precisarmos sequer de um texto para apreciarmos e sentirmos simplesmente prazer com o movimento, com as linhas, a conjugação de uma expressão visceral ou sensível com uma técnica exímia – sim, não suporto matacões a dançar, num palco, entenda-se -, ver um espetáculo de dança, seja contemporânea, um ballet clássico ou folclore, é das coisas que mais prazer me dá.

A Companhia Nacional de Bailado regressou a sua casa ao fim de largos meses fechada para obras ao abrigo do PRR, o Teatro Camões, na Expo, e estreou duas peças novas no seu repertório, Supernova, da dupla de coreógrafos Iratxe Ansa (espanhola) e Igor Bacovitch (italiano), e The Look, da israelita Sharon Eyal, não sei de qual gostei mais, adorei profundamente ambas as peças, vibrantes, intensas.

E que excelente corpo de baile, a brilhante técnica que está lá mas que não se mostra escancarada na cara do bailarino que a executa, tudo parece fluído e natural, notáveis, tendo de destacar o bailarino Miguel Ramalho, um dos bailarinos principais, e para mim o melhor, da CNB, sempre arrebatador.

Muito feliz este regresso ao Teatro Camões.

 

16
Mar23

Dos espetáculos de que gosto - Keersmaeker, Lopez & Ekman

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CNB

 

Dança contemporânea com três coreógrafos diferentes pela CNB e com o quarteto de cordas de Matosinhos em palco: gostei de Grosse Fuge, reposição da belga Anne Teresa Keersmaeker, não gostei nada de Avant qu’il n’y ait le silence do luso Fabian Lopez (gostava de ver dançado por outros bailarinos, achei estes muito sofríveis, os rapazes sem qualquer intensidade nem noção de sincronismo sofriam por antecipação só de pensar que iam ter de elevar as moças de tão tenrinhos que eram ) e adorei Cacti do sueco enfant terrible Alexander Ekman, nunca antes dançado por cá, as palmas que não bati nos primeiros entreguei-as todas no último, bravo!

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