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BURRO VELHO

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27
Set23

Dos espetáculos de que gosto - Sonho de uma noite de verão

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O texto de Shakespeare está lá, mas Diogo Infante conseguiu encaixar músicas do nosso cancioneiro, que todos sabemos de cor, sobre o amor e o sonho, resultando muito bem num musical ao estilo Moulin Rouge, leve e divertido, sim, é Shakespeare, mas sim, é teatro comercial, para atrair público e ganhar dinheiro, por isso se não aprecia cantorias em palco saiba que vai sofrer, e se lhe arrepia a ideia de misturar Mónica Sintra, Dino Meira ou Clemente com o clássico dos clássicos, pior ainda, heresia, passe ao lado, senão aventure-se, são duas horas de comédia e de fábula encantada muito bem-dispostas.

Gostei de todo o elenco, ninguém esteve mal, mas o que eu me ri com o jovem ator que fez de Tisbe (não consegui identificar o nome), que boa impressão me deixou o Filóstrato ou o bobo de Oberon, Carlos Malvarez (desconhecia), que surpresa Mariana Pacheco a cantar, sempre um gosto ouvir a Soraia Tavares (eu apreciador de musicais me confesso), e que bom assistir a uma espécie de consagração, ou confirmação, dos filhos de Maria João Abreu, parece que a enorme simpatia e admiração que tinha pela mãe se pode assim transferir para os filhos, tendo-me rendido especialmente ao Demétrio de Miguel Raposo, que presença tão forte em palco, mas todos estão de parabéns.

Compreendo que as salas de teatro têm compromissos de agenda apertados, mas acho sempre frustrante um espetáculo estar em palco apenas três ou quatro sessões, muitas vezes um único fim-de-semana, frustrante para quem quer ver e frustrante para quem tanto trabalhou para montar a obra, mas neste caso a peça vai estar muito tempo em cena, que bom quando assim é.

Sonho de uma noite de verão, no Teatro da Trindade.

 

30
Abr23

Dos espetáculos de que gosto - A peça para dois atores

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Peça de Tennessee Williams encenada por Diogo Infante, com um teatro dentro de um teatro, amarrada na prisão da saúde mental e que nos deixa perdidos entre o real e o irreal.

O Miguel Guilherme é um excelente ator, mas os meus olhos não largaram a Luísa Cruz por um segundo, gigante, e as lágrimas que derramou na ovação final estarão certamente relacionadas com a densidade emocional que nos conseguiram passar, muito bom.

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