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Armie Hammer era um ator promissor, desempenhou algumas personagens memoráveis (Call me by your name) e tudo apontava que fosse um astro em Hollywood, ainda por cima bonito, carismático e herdeiro de família multimilionária de Los Angeles.
Armie Hammer é também uma pessoa feia e malformada, dispenso-me de mais qualificativos, de quem provavelmente, conhecidos os factos, não me apetece voltar a ver nos écrans.
Mas fiquei muito ambivalente com este documentário, logo à partida com a existência deste mesmo documentário.
Não será politicamente correto assumir a dúvida, Hammer é um fdp e descende duma família de fdps, mas será um abusador? Serão as vítimas verdadeiras vítimas ou umas jovens deslumbradas à procura de vingança e de prolongar os seus dias de fama?
Hammer é um psicopata que violenta as suas presas femininas, escolhidas cerebralmente a dedo, ou é mais um sacana famoso e sedutor que nos seus flirts tenta viver as suas fantasias a roçar o extremo? As jovens alguma vez disseram ‘não’? Não, assumem que não. As jovens andavam felizes e por sua vontade própria? Sim. As jovens foram impedidas de ou forçadas a alguma coisa? Tenho dúvidas.
Gostar de sexo BDSM e ser kinky não é tema, escrever mensagens dirty e fortes não é tema (alguém dizer num whatsapp que gostava de a comer (literalmente) não faz dela um canibal, please), a falta de consentimento sim, aí entra o abuso, e estas jovens reconhecem que nunca disseram não, pelo contrário, apanhavam aviões para atravessar a América e sair para a farra com o príncipe famoso.
Será que temos um abusador em série ou será que temos histórias de dois adultos livres, independentes e capazes de se defender?
O mundo não precisa de Armie Hammers, mas serão estes casos vítimas de abuso?
‘House of Hammer’, documentário na HBO Max.