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BURRO VELHO

BURRO VELHO

29
Jun24

Da atualidade internacional - Biden, New York Times e as presidenciais norte-americanas

BURRO VELHO

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É assustador pensar que no próximo dia 5 de novembro a (ainda) maior potência mundial e garante dos valores do dito mundo ocidental, EUA, venha a cair de novo nas mãos do lunático, perigoso e imprevisível Donald Trump, nem me atrevo a cenarizar as consequências do que começa a parecer inevitável, mas os democratas andam mesmo a brincar com o fogo.

Os debates televisivos norte-americanos não têm tanta tradição como aqueles que conhecemos em Portugal e na Europa, há muito poucos eleitores que reconhecem mudar a sua orientação de voto em função do que ouviram, trocando por miúdos, os debates não interessam assim muito, mas a contenda televisiva na passada quinta-feira, na CNN, entre Trump e Biden, parece (digo parece porque não segui o debate nem vi qualquer excerto) que foi uma hecatombe para o atual Presidente, não acabou algumas frases, noutras comeu palavras, ou então reduziu-se a silêncios embaraçosos.

Não duvido que Joe Biden continue na posse das suas faculdades mentais e seja capaz de tomar decisões habilitadas – já veio reconhecer que não esteve bem, que já não fala nem caminha com a mesma facilidade, afiançando-nos contudo que está fino da silva para exercer o seu mandato, caso contrário seria o primeiro a revelar-nos isso mesmo -, mas não reúne de todo condições para um mandato presidencial, simplesmente não está apto, está velho (lamento, mas não há outra palavra), titubeante, frágil e sem capacidade de comunicar e transmitir ordem e segurança, desculpem, é a velha questão do confronto e da aceitação da velhice, chegamos a um ponto em que já não vamos conseguir conduzir ou aquecer água ao lume, já não dá, e para Biden já não dá, nem agora nem daqui a quase cinco anos, quando terminasse o seu próximo mandato com 86 anos.

Na verdade o Partido Democrata ainda não nomeou oficialmente Biden como seu candidato, ainda vai a tempo de arrepiar caminho, mas por algum motivo que não entendo muito bem, ninguém se chega à frente para dizer o óbvio, será que já pressentem a derrota como inevitável (até há poucas semanas algumas sondagens até eram promissoras), será que julgam que em cinco meses nenhuma candidatura se pode tornar vencedora, não fazemos ideia o que é que esta gente pensa, sabemos que ninguém toma a dianteira e, bem pelo contrário, temos até Obama e Hillary Clinton a reforçar a candidatura de Biden, isso, atirem-nos aos lobos que a malta agradece.

Acontece que a imprensa norte-americana ainda é a imprensa americana, não será salvífica mas ainda é livre e sem medo de se comprometer politicamente, e temos agora a linha editorial do muito influente New York Times a pedir a Biden que renuncie – bravo pela coragem -, o que conjugado com a fuga em barda de financiadores e o sururu pegado que aí vai, pode ser que ainda chegue um milagre da América que nos poupe da catástrofe.

 

31
Jan24

Da atualidade internacional - eleições americanas

BURRO VELHO

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Se é inquietante pensar na provável falta de alternância no panorama político nacional devido à falta de comparência do (ainda) principal partido da oposição, não será contudo menos inquietante pensar no regresso ao poder de Trump também por falta de comparência dos Democratas, pensar num segundo mandato de um velho e titubeante Biden também nos tira do sério, por isso estas notícias de que afinal o Partido Democrata ainda mexe ainda nos dá uma réstia de esperança, e sim, claro que temos saudades do casal Obama, e muitas.

 

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