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BURRO VELHO

BURRO VELHO

08
Mai25

Da atualidade política – os votómetros, as eleições e eu

BURRO VELHO

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Acho piada ao ‘Votómetro’ do site do jornal Observador, é naturalmente um exercício limitado, mas saibamos nós interpretar que aqueles resultados não são nenhuma sentença do nosso posicionamento político, e dali podemos retirar conversas muito interessantes e divertidas com amigos e familiares, nomeadamente quando somos apanhados de surpresa com um vaticínio inesperado, algo do tipo: O quê? A mim deu-me o PAN, nem pensar, eu não sou PAN!!!

Na maioria das vezes, quase sempre, temos consciência de que a resposta que vamos dar vai direcionar as conclusões num ou noutro sentido, essa consciência mais ativa pode desvirtuar o propósito do jogo porque pode condicionar a nossa resposta, mas sem dúvida de que nos pode dar algumas dicas interessantes de reflexão, sou fã.

Dentro da mesma lógica, respondi ao ‘Espelho Meu’ disponível no site do jornal Expresso, no fim daquela bateria de perguntas ser-nos-á dito qual o partido político, e respetivo líder, com quem mais nos identificamos.

E a brincar a brincar, uma simples brincadeira plasmou-me a minha verdade mais nua e crua, não me revejo, nem me sinto representado, no atual quadro político português, o que além de uma lástima é deveras preocupante. Senão vejamos.

Diz-me o ‘Espelho Meu’ que o partido mais parecido comigo é a IL, seguido, por esta ordem, da AD, PAN, Chega, PS, Livre, BE e PCP. Tudo à direita.

Para além do choque que me assola de imediato, por o Chega não estar destacadamente em último - serei um fascista afinal? (alerta Ironia) -, consigo compreender o porquê dos resultados.

Sendo eu uma pessoa tendencialmente do centro-direita progressista, não sendo eu um liberal mas sim alguém que acredita que o Estado deve estar nalguns setores e que noutros deve deixá-los à iniciativa privada, se analisar bem o conjunto das questões colocadas, não me convertendo de todo em todo ao partido que me calhou na sorte, consigo compreender os resultados, se ainda fosse no tempo do Cotrim de Figueiredo…

Quanto ao perfil do líder com quem mais me identifico, e isto dá vontade de rir, diz-me o 'Espelho Meu' do Expresso que é com o Paulo Raimundo, seguido, por esta ordem, da Mariana Mortágua (isto dá-me um bocado de medo, confesso), Rui Tavares, Pedro Nuno, Inês papagaio Real, do Rui amorfo Rocha, do senhor Ventura e, por fim, do dono da ética, o nosso Primeiro.

Para os partidos, tudo à direita, para os líderes, tudo à esquerda, não podia haver uma combinação de resultados mais (im)perfeita.

Acontece que esta combinação aparentemente estapafúrdia é bem elucidativa, se eu olhar hoje para a Assembleia da República e para o Governo não me sinto de todo representado, sinto que aquelas pessoas que terão um pensamento próximo do meu se sentem órfãs.

E isso é preocupante? Muito.

No dia das eleições, perante a urna de voto, fecharei os olhos e farei da cruz um voto que acredito consciente e responsável (em política tenho muito medo dos extremos), mas não duvido de que muitos órfãos cairão facilmente na tentação de votar em quem não devem, em quem um dia não terá pejo de nos tirar até o direito a votar.

 

27
Fev25

Da atualidade política - Senhor Primeiro-ministro, explica ou demite-se?

BURRO VELHO

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A resposta à pergunta que o Burro deixou aqui há tão poucos dias chegou mais rápido do que pude imaginar, o futuro já chegou ao presente e o peito inchado de quem achava que tudo podia impunemente já se estatelou ao comprido, o seu característico sorriso escarninho já deve ter percebido que a sua vida se complicou, e de que maneira.

O simples facto de ter querido vender a empresa à esposa, só por si, indiciou de imediato de que algo de grave se passava, mas se o Ministério Público não começou logo na altura a investigar, espero bem que não deixe de fazer o seu trabalho agora que o jornal Expresso noticiou a avença mensal que Montenegro recebe de uns empresários amigos.

Isto é grave? Isto é gravíssimo, aguardemos todas as explicações, mas há um nome que a todos nos sobressalta de imediato, Manuel Pinho.

Que explicação poderá ter Montenegro? É difícil imaginar alguma que seja satisfatória, todos os cenários parecem fatais, não vejo como é consegue salvar a face mesmo que revele agora os clientes e que cesse efetivamente a atividade da empresa.

É assumido que a minha opinião sobre Montenegro sempre foi muito desfavorável, sempre entendi que não cumpria os requisitos mínimos para a função que ocupa, aquela sua prestação no debate da moção de censura, apesar dos elogios de algumas vozes empenhadas, foi muito triste, aquele número sobre a sua vida privada só demonstrou a sua estatura ética e intelectual, aquela que o faz acreditar que somos um país de tolos, e desejavelmente ainda vai ser capaz de nos surpreender com uma explicação credível, talvez me engane, espero que me engane, mas o Primeiro já deixou de ter condições para governar, e como certamente não se vai demitir, vamos então ter uns meses bem animados pela frente.

Trágico.

 

03
Out23

Do que ouço e vejo por aí - Laborinho Lúcio e o celibato dos padres católicos

BURRO VELHO

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Numa conversa no podcast do jornal Expresso ‘A beleza das pequenas coisas’, disserta Laborinho Lúcio sobre os votos de celibato e de castidade dos padres católicos, devendo o foco estar mais na castidade (ser casto e puro) e não tanto no celibato em si mesmo (estado de alguém que renuncia ao casamento para se consagrar a Deus, sendo algo discutível a interpretação se manter relações sexuais com alguém está ou não incluído neste espetro do celibato), exigindo esta reflexão “trabalho teórico e literatura”, mas reconhece que há uma sexualidade, consentida interpares, no seio da igreja católica, consentida e ocultada , sendo essa verdade “escondida por vontade própria duma maioria dos fiéis”, “porque os fiéis querem manter a castidade (dos padres) porque os coloca num plano superior e projeta-os mais para um domínio mais da fé e menos da razão” - interessante esta sua visão que põe o ónus desse secretismo nos fiéis e não na igreja em si.

Diz ainda Laborinho Lúcio, e muito bem, que nada temos a ver com a sexualidade dos padres (o que seria), o problema está apenas “nos atos sexuais criminosos”, não ajudando em nada este manto secreto e de ocultação, naturalmente, a que se repudie e erradique esta prática clerical ainda hoje algo consentida, vejam-se as reações das populações sempre a porem energicamente as suas mãos no fogo por quem alegadamente prevaricou.

 

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