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BURRO VELHO

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31
Jul23

Das coisas bonitas - FIMM (II)

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É uma bênção gostar-se apaixonadamente das coisas e o FIMM – Festival Internacional de Música de Marvão, de que gosto entusiasticamente, é igualmente uma bênção, até porque resulta duma história de amor.

Há nove anos atrás, um casal de músicos de renome mundial, ele alemão (Christoph Poppen), ela suíça (Juliane Banse), apaixona-se por este magnífico interior de Portugal e decidem partilhar e dar a conhecer Marvão aos seus amigos músicos, espalhados pelo mundo, e, em troca, partilhar e darem a conhecer a sua música aos marvanenses, que dádiva tão grande.

A isto juntou-se certamente o empenho das pessoas locais e nasceu este festival mágico, onde durante 10 dias passaram mais de 500 músicos a dar-nos ouvir, sobretudo, música clássica e lírica, mas também outras músicas do mundo como fado, jazz, grupos corais ou flamenco.

Os espetáculos também acontecem em Castelo de Vide, Portalegre e Valência de Alcântara (Espanha), mas sobretudo nos lugares bonitos de Marvão, desde igrejas até ao interior do castelo, passando pelos jardins, pátios e até pelo interior da própria cisterna.

Dos 35 concertos apenas pude assistir a três, mas foi absolutamente memorável ter tido o privilégio de assistir à gala de encerramento, com a Sinfonietta de Hong Kong, vários instrumentistas solistas e cantores líricos convidados, no ambiente mágico das muralhas do castelo ao pôr-do-sol, e, qual cereja no topo do bolo, poder ouvir ao vivo um autêntico prodígio de 16 anos, uma menina violinista chamada Leia Zhu, um pequeno génio que nos arrebatou a todos de espanto e admiração.

No final, aquela estrondosa e demoradíssima ovação, de palmas, bravos e gritos, foi o público a agradecer duma forma muito sentida o sonho realizado de Poppen e Banse, que quando trocam um beijo de emoção nos deixam a todos felizes e orgulhosos, felizes por haver quem goste apaixonadamente das coisas e se empenhe em fazerem sonhos acontecer, e orgulhosos do nosso belíssimo interior de Portugal e do nosso Marvão em particular.

Pró ano há mais.

12
Abr23

Das coisas bonitas - FIMM

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FIMM

 

Marvão é um sítio encantado, não só por ser uma das nossas vilas mais bonitas, pela sua riqueza arquitetónica, arqueológica e geológica, pelo envolvimento do Parque Natural da Serra de São Mamede, pelo seu silêncio, mas também por um conjunto de eventos muito especiais que por lá acontecem, nomeadamente o FIMM – Festival Internacional de Música de Marvão.

Há quase dez anos atrás, um casal alemão apaixonou-se por estas paragens (quem não?) – ele, Christoph Poppen, maestro, ela, Juliane Banse, cantora – e sonhou em organizar um festival de música clássica do mais alto nível artístico a nível mundial, neste Marvão paradisíaco, e seguindo o mote de Sebastião da Gama, pelo sonho é que foram e fundaram este magnífico festival.

Graças à sua prolífera rede de amigos e à custa de muita carolice, e com o apoio da Orquestra da Gulbenkian, têm convidado e trazido todos os anos ao festival todo um conjunto de músicos de palmarés internacional que, não fosse pela paixão do projeto, não atuariam certamente em Portugal, e todos nós é que ficamos a ganhar com esta dádiva.

Conseguem imaginar o que é assistir a um concerto de música clássica ou de câmara, às vezes com uns toques de outras influências, como fado, jazz ou música mais espiritual, no pátio de um castelo, numa cisterna, igreja ou nas ruínas duma cidade romana?

Marvão não fica ali ao lado, mas acreditem que no final de julho compensa largamente os muitos quilómetros de distância e que este FIMM é mesmo inesquecível, afinal Portugal não é só Lisboa, Porto e litoral.

Por aqui, já cá cantam os bilhetes que isto é coisa para esgotar rápido.

Vielen Dank Frau Banse und Herr Poppen.

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