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BURRO VELHO

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11
Set24

Dos filmes que vejo - Ritual, de Ingmar Bergman

BURRO VELHO

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Para quem como eu conhece pouco a obra de Ingmar Bergman – gosto muito de Fanny & Alexandre, Cenas da Vida Conjugal ou Sonata de Outono mas não me recordo de ter visto mais algum dos seus filmes -, a Leopardo Filmes deu-nos agora a possibilidade de vermos grande parte da obra do realizador sueco com um ciclo de cinema que mostra 31 dos seus filmes, alguns inéditos nos cinemas de Portugal, retrospetiva essa disponível em várias salas do país até ao mês de outubro.

Na verdade estou mais uma vez a desperdiçar esta oportunidade, ainda assim consegui ver RITUAL, filme de 1969 com pouco mais de 1 hora de duração e feito para passar na televisão, e se no início se estranha de tão bizarro que é, a história de uma trupe de teatro ambulante que é sequestrada por um juiz por alegadas obscenidades e atentado ao pudor, depois entranha-se... e sendo um objeto de cinema com uma estrutura tão linear, apenas 4 atores confinados a 4 exíguas paredes, não deixou de me impressionar como é que em 1969 a televisão sueca passava telefilmes como este, tão fora da caixa, arrojados e desafiadores da moral e bons costumes, nós em Portugal na altura tão bafientos e estes suecos tão à frente.

 

08
Set23

Dos filmes que vejo - Sob o Sol de Satanás, de Maurice Pialat

BURRO VELHO

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Quando em 1987 este Sob o Sol de Satanás ganhou a Palma d’Ouro em Cannes, e Maurice Pialat subiu ao palco para receber o prémio, dizem que ovação foi tremenda mas que os apupos e assobios ainda foram maiores, tal a complexidade do filme e o arrojo de quem lhe entregou a Palma.

Pessoalmente, não senti qualquer apetite por este drama dogmático e sofredor do padre atormentado com satanás, a luta entre o céu e o inferno e a salvação daquelas almas rurais numa França esquecida, mas quando o que sobra para desfrutar é testemunharmos a força granítica de Depardieu e a endiabrada Sandrine Bonnaire já não é nada mau.

De realçar que a Leopardo Filmes insiste em dedicar ciclos de cinema a realizadores consagrados já desaparecidos, uma oportunidade única de revermos, ou na maioria das vezes ficarmos a conhecer, vultos do cinema num grande écran, no caso Maurice Pialat - que privilégio viver num sítio onde nos podemos enfiar numa sala escura a cheirar um pouco a mofo e com mais 20 ou 30 pessoas assistir a estas pérolas.

 

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