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BURRO VELHO

BURRO VELHO

20
Set23

Tá tudo doido - os piropos de Marcelo

BURRO VELHO

Pior do que o que disse foi a cara de satisfação que fez a seguir, qual marialva orgulhoso das suas piadolas, mas agora temos o mais alto magistrado da nação a mandar piropos sexistas e está tudo bem? Não, não está tudo bem, seja porque o senhor Presidente já há alguns anos está a dar sinais preocupantes, seja porque Marcelo está apenas a ser Marcelo, não está tudo bem, está errado.

 

22
Abr23

Das tontices presidenciais – o convite a Lula da Silva

BURRO VELHO

Lula

 

O 25 de Abril é uma data com um simbolismo maior que deve ser recordada e festejada como uma festa nacional, e como tal celebrada na casa de todos os portugueses, a Assembleia da República, não me parecendo adequado que essa comemoração dê palco a personalidades individuais, muito menos a personalidades estrangeiras, é uma festa de todos, não o palco de alguns.

Obviamente que Marcelo errou ao convidar Lula, mas Marcelo é um incontinente e com o entusiasmo da derrota de Bolsonaro, sim, mais derrota de Bolsonaro do que a vitória de Lula, achou que estava a ter uma ideia brilhante e não foi de modas e quando se apercebeu era tarde demais, o convite já estava feito.

Ninguém acredita que o convite peregrino pudesse ser feito a Bolsonaro se continuasse na presidência, foi claramente um convite ad hominem na pessoa de Lula, personagem que resgatou a democracia no país irmão, verdade, mas que está longe de ter um passado impoluto, convenhamos.

Para agravar ainda mais o cenário, Lula acabou de mandar a Ucrânia às malvas porque é preciso fortalecer os negócios com os BRICs e ser tu cá tu lá com Putin e Xi Jinping, criando um inesperado e tremendo embaraço político a Portugal e acicatando ainda mais a vontade do André Ventura arregimentar mais uns quantos megafones e abardinar isto tudo.

A bem da festa e da diplomacia, e se o Chega assim o permitir, engulam-se uns quantos sapos e consiga-se elegantemente dizer a Lula que o pensamento de Portugal, e da Europa que parece desprezar, é muito diferente, e pode ser que para próxima Marcelo morda a língua antes de se esbardalhar.

20
Abr23

Dos vetos presidenciais - Lei da Eutanásia

BURRO VELHO

eutanasia.jpg

 

O direito à vida consagrado na Constituição não significa que um indivíduo deve ser obrigado a viver contra a sua vontade, esta decisão deve ser estritamente do foro das nossas liberdades individuais, a decisão de não querer continuar a viver é um direito inalienável de cada um de nós, em nada compromete os direitos de terceiros e o Estado não devia coartar ou proibir o direito de cada um.

Não compro de todo o argumento que ao aprovar esta lei o governo vai demitir-se de procurar assegurar uma rede de cuidados paliativos digna e abrangente, não acho de todo que uma coisa tenha a ver com a outra.

Estamos a falar duma matéria complexa e que não pode ser discutida com leviandade, mas na minha opinião a atual redação da proposta de lei é muito equilibrada, verificada a incurabilidade da doença ou lesão e o sofrimento de grande intensidade sentido como insuportável, o suicídio assistido só não acontecerá nos casos em o doente já não o consegue fazer pelos seus próprios meios, que é como quem diz em termos muito grosseiros pressionar a seringa com os fármacos, sendo que em caso algum nenhum profissional de saúde será chamado a garantir a morte medicamente assistida se isso violar a sua ética e consciência.

Mas se a minha forma de pensar pouco releva, já o pensamento pessoal de Marcelo é central neste processo, se dúvidas houvesse ficou claro que Marcelo não quer ser associado ao presidente que aprovou a lei da eutanásia, a sua consciência e a sua fé católica impede-o, e parecendo óbvio que o Tribunal Constitucional não levantará dúvidas sobre a promulgação da lei, restou a Marcelo este veto político para salvar a sua face.

Não resulta claro para mim que um bom católico seja à priori contrário à proposta de lei, não me parece que um bom católico se sinta pecador por atribuir esse direito a outrem, mas ainda resulta menos claro para mim que este seja mais um dos temas fraturantes esquerda-direita, discordo em absoluto, mas é facto que há uma larga maioria parlamentar a favor da aprovação da lei.

Esgotado o trunfo constitucional não é o veto presidencial suficiente para travar a lei, e à quarta tentativa veio essa maioria parlamentar afirmar “assim como sempre respeitámos uma e outra e outra e outra vez o Tribunal Constitucional e Presidente da República, chegou a vez de ser respeitada a vontade do Parlamento”, e quanto a mim afirmou muito bem.

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