Do que ouço e vejo por aí - Laborinho Lúcio e o celibato dos padres católicos
Numa conversa no podcast do jornal Expresso ‘A beleza das pequenas coisas’, disserta Laborinho Lúcio sobre os votos de celibato e de castidade dos padres católicos, devendo o foco estar mais na castidade (ser casto e puro) e não tanto no celibato em si mesmo (estado de alguém que renuncia ao casamento para se consagrar a Deus, sendo algo discutível a interpretação se manter relações sexuais com alguém está ou não incluído neste espetro do celibato), exigindo esta reflexão “trabalho teórico e literatura”, mas reconhece que há uma sexualidade, consentida interpares, no seio da igreja católica, consentida e ocultada , sendo essa verdade “escondida por vontade própria duma maioria dos fiéis”, “porque os fiéis querem manter a castidade (dos padres) porque os coloca num plano superior e projeta-os mais para um domínio mais da fé e menos da razão” - interessante esta sua visão que põe o ónus desse secretismo nos fiéis e não na igreja em si.
Diz ainda Laborinho Lúcio, e muito bem, que nada temos a ver com a sexualidade dos padres (o que seria), o problema está apenas “nos atos sexuais criminosos”, não ajudando em nada este manto secreto e de ocultação, naturalmente, a que se repudie e erradique esta prática clerical ainda hoje algo consentida, vejam-se as reações das populações sempre a porem energicamente as suas mãos no fogo por quem alegadamente prevaricou.