Dos filmes que vejo - Rustin
Produção do casal Obama sobre o homem que dá o título ao filme, Bayard Rustin, ativista norte-americano, condecorado muitos anos mais tarde pelo próprio Presidente Barack, que em 1963 juntou 250 mil pessoas em Washington numa marcha pela igualdade e pelos direitos, a maior manifestação pacífica até então numa América profundamente racista e onde o mundo ouviu Martin Luther King Jr dizer as suas famosas quatro palavras, I Have a Dream.
É um filme escorreito do lado certo da história que deve servir como inspiração para os dias agrestes que vivemos, mas pareceu-me um filme algo bem-comportado demais, sendo a marcha até Washington o mote do filme faltou-me pelo menos alguma galvanização ao ver manifestantes em exaltação, não sei bem porquê mas Rustin peca por ser um filme arrumadinho demais.
Claro favorito à nomeação para o Óscar de melhor ator principal, não obstante não ser um dos meus favoritos Colman Domingo é absolutamente brilhante na nobreza, verdade e energia que entrega à personagem, apesar de já cá andar há muitos anos o mundo do cinema ganhou mais uma estrela.
Na Netflix.