Da atualidade política - Luís Montenegro
Há um senhor chamado Joaquim Pinto Moreira que já foi presidente da câmara de Espinho, deputado do PSD e é amigo pessoal do candidato a primeiro-ministro Luís Montenegro, também ele da cidade de Espinho.
Ora, quando foi constituído arguido no caso Vortex, muito genericamente por umas maroscas muito manhosas com dinheiros e contratos lá por aquelas bandas, o senhor entendeu que não devia continuar a ser deputado na Assembleia da República, mas lá pensou melhor e achou que bom bom, sem avisar ninguém, era voltar a ser deputado da Nação – até aqui a história já não é bonita, mas só implicava o senhor ex-presidente e ex-deputado e a justiça que se pronunciasse, se possível rapidamente.
Mas não é que Luís Montenegro, depois da suposta surpresa e respetiva retirada da confiança política ao seu amigo, também pensou e achou que bom bom era que Pinto Moreira representasse o PSD nas Comissões Parlamentares da Defesa e da Saúde, mas calma, não nos precipitemos nos maus juízos, diz-nos Montenegro que não há aqui incoerência nenhuma, que ter assento nessas Comissões é um direito do senhor que já foi, deixou de ser e voltou a ser deputado, e, nada do que vier a ser por si defendido representa o PSD, que o senhor Pinto Moreira em nada representa o partido, exceto o facto de o PSD o ter nomeado enquanto deputado das suas fileiras.
Este episódio não é, aparentemente, uma das piores falhas de Luís Montenegro, mas não consegue acertar uma. A malta bem queria ter uma alternativa a Costa e ao seu Governo de faz-de-conta, mas really? Luís Montenegro? É fraquinho demais - ó gente social-democrata, deixem-se de seguidismos e falsos ‘politicamente corretos’ e vejam lá se lhe dão corda aos sapatos urgentemente, o país precisa dum PSD à séria.